terça-feira, outubro 07, 2008

Nova rubrica? :D

Reading is to the mind what exercise is to the body.
Sir Richard Steele

quarta-feira, outubro 01, 2008

O Vento nos Salgueiros, Kenneth Grahame

Lembro-me muito bem desta série. O Sapo arrogante, a meiga Toupeira, o Texugo tipo pai deles todos e as Doninhas malvadas. Recordo a abertura:



mas é o final que me traz lágrimas aos olhos:



Peguei agora no livro. Uma edição daquelas baratas, da Wordsworth Classics, com um tipo de letra que faz lembrar as máquinas antigas. Darei notícias.

Mania de ser diferente

Há quem faça resoluções de ano novo, há quem em Outubro ganhe vergonha da resolução que não se atreveu a fazer.

A minha cabeça tem andado em água e já não me lembro da última vez que li um livro novo. Há umas semanas arrumei a estante e descobri que tinha mais de 40 livros por ler (fora os outros que vão sendo lidos e relidos sem cerimónia). O problema dos livros é que (para mim, pelo menos) é preciso ter a disposição certa para os ler. Comecei o Navegador Solitário algumas 3 vezes e o Memorial do Convento certamente cinco, antes de os conseguir ler, apreciar e amar.

Agora começo uma espécie de shop your own closet mas em livros; shop your own library. É mais difícil porque lá está, a disposição nem sempre aponta para ali. Por outro lado, com títulos tão diferentes como As Viagens de Gulliver, O Pavilhão dos Cancerosos, África Minha e Mulherzinhas, alguma coisa se há-de arranjar.

(a lista está aí ao lado)

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Danças e Contradanças, Joanne Harris



Reli o Chocolate na semana passada e deu-me vontade de reler este também. Uma colecção de contos, uns perversos, outros macabros, o mais inocente de todos, no mínimo inesperado. Gostei muito da primeira vez e estou a gostar muito agora. Apesar de ser uma tradução.

No mínimo, estes contos chocam. Na melhor das hipóteses, fazem-nos pensar, ver as coisas por outra perspectiva, pôr hipóteses em que não pensaríamos. Vale muito a pena.

O ressuscitar de um blog moribundo

Ultimamente leio muito pouco e muito repetido. Parece que não tenho cabeça para mais.

Ainda assim, valerá a pena registar qualquer coisa. Melhor que não registar nada :)

domingo, janeiro 28, 2007

Um livro à quarta VII



A história de uma fada boa que um dia se enamora de si própria e esquece tudo o resto... todas as suas responsabilidades e todos os que dependem dela. De como a vaidade não traz nada de bom e de como é preciso esquecermo-nos de nós para SERMOS MERECEDORES. Tudo isto... para crianças, cheio daquela magia especial que fica.
Podia ter escolhido (quase) qualquer um dos outros livros infantis dela, mas pel'A Fada Oriana tenho um carinho particular porque quando era miúda queria ser como ela, e agora sinto-me um bocado como a mulher do moleiro :D Mas isso são outras histórias... ;)

(Sapinhos Gordos, 15 de Março de 2006)

Um livro à quarta VI



As aventuras de um rapaz, aptamente denominado João sem Medo, proveniente de uma terra aptamente denominada Chora-Que-Logo-Bebes (cujos habitantes, os choraquelogobebenses, são uma rica caricatura de um povo que eu cá sei...), que um dia decide saltar o muro que delimita a floresta e que ostenta um cartaz com os dizeres Proibida a entrada a quem não andar espantado de existir. Fantasia em português, excelente. Aventuras de João sem Medo, de José Gomes Ferreira, para todas as idades :)

(Sapinhos Gordos, 1 de Março de 2006)

Um livro à quarta V



O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: Uma História de Amor é uma belíssima fábula, carinhosa e divertida, sobre um amor impossível mas nem por isso menos verdadeiro. Uma ternura de livro :)


O mundo só vai prestar
Para nele se viver
No dia em que a gente ver
Um maltês casar
Com uma alegre andorinha
Saindo os dois a voar
O noivo e sua noivinha
Dom Gato e Dona Andorinha


(Sapinhos Gordos, 9 de Fevereiro de 2006)

Um livro à quarta IV



Foi-me recomendado há menos de quinze dias e não descansei enquanto não o comprei. As Redacções da Guidinha foram publicadas no Diário de Lisboa entre 1969 e 1970 e é de pasmar como escaparam ao tristemente famoso lápis azul. Uma miúda de escola escreve sobre tudo o que a rodeia, sem vírgulas mas com a lógica indiscutível dos miúdos que ainda não sabem tudo mas já sabem bem mais do que a gente pensa. Ora segundo a Guidinha, o pai dela deve ser casado em segundas núpcias porque também andam sempre a falar do tempo da outra senhora, que só pode ser a primeira mulher do pai, está visto, a Maria Cachucha deve ser uma senhora muito velha porque quando se fala em coisas velhas diz-se que são do tempo da Maria Cachucha, e a GNR é uma guarda que há que quando os cavalos morrem lhes corta os rabos para pôr nos capacetes. Um mimo!

PS: Pai, agradece lá à tua amiga por mim :)

(Sapinhos Gordos, 1 de Fevereiro de 2006)

Um livro à quarta III



Tive uma edição de capa amarelada, em que algumas folhas ainda vinham por rasgar. Foi um dos livros que mais me marcaram e dos poucos que gostei de ler "obrigada". Um livro cheio de contos de bichos vários, de uma escrita rude, sólida, cruel em certos momentos, emocionante. Retenho especialmente as histórias do touro Miura, do sapo Bambo e do cão Nero, mas as que mais me comoveram foram as do bicho-homem: Madalena e Jesus.

(Sapinhos Gordos, 25 de Janeiro de 2006)

Um livro à quarta II

Hoje trago um livro simples, quase sem texto mas com umas imagens deliciosas: Close friends, de Vicky Ceelen



Um livro que junta fotografias de animais jovens com outras de bebés humanos em poses muito parecidas. Um mimo!





(Sapinhos Gordos, 18 de Janeiro de 2006)

Um livro à quarta I

Adiro a esta iniciativa com o livro que mais recentemente li: Going Postal, de Terry Pratchett.

Posta a premissa de um planeta em forma de disco suportado por quatro elefantes às costas de uma tartaruga gigante, um planeta em que trolls, anões, humanos, vampiros e golems (entre outros) convivem (por vezes não muito) pacificamente (e em que, precisamente por isso, o racismo é uma questão absurda, absolutamente suplantada pelo especismo), tudo é possível. Com muito humor e uma crítica social cada vez mais aguda.

Neste livro disserta-se sobre o correio versus outras formas mais rápidas de comunicação, sobre as grandes corporações versus pequenas empresas e sobre aquilo que nos dá alento :)

Mas confesso que foi este pequeno extracto que me fez querer partilhar esta pérola com toda a gente:


(num jogo de snooker)

Mustrum Ridcully, Archchancellor of Unseen University, levelled his cue and took careful aim.

The white ball hit a red ball, which rolled gently into a pocket. This was harder than it looked because more than half of the snooker table served as the Archchancellor's filing system.*

*Ridcully practised the First Available Surface method of filing.


(Sapinhos Gordos, 11 de Janeiro de 2006)

Quase um ano sem escrever?

Que vergonha! Para me redimir, colocarei aqui textos sobre o tema vindos do outro blog...

terça-feira, janeiro 31, 2006

Anita

Decididamente os livros da minha infância! Muito mais pelas ilustrações que pela literatura, claro!

Entre os que tinha, clara preferência por Anita Mamã


Anita e a Festa das Flores

Anita e a festa de anos

e Anita no Teatro

(este último favorito entre todos!)

Mas a minha vizinha tinha um que me deixava mesmo a sonhar acordada... Anita no Ballet
Até as cinco posições aprendi!

Agora vou começando a refazer a colecção para a minha filhota.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

A malta do 2º C, Catarina da Fonseca

Da contracapa:

A escola não é só testes, horários, professores, delegados de turma. A escola é também um esqueleto chamado Magalhães, uma antepassada fugida aos franceses, um extraterrestre abandonado no pátio, a Dó-do-Senhor espreitando pelas grades, a Filipa, o Birinhas, a Mão-do-Diabo.
A escola é também o fantasma do reitor Simões, aparecido para assombrar as couves do quintal. A escola é o que a malta do 2.º C foi descobrindo ao longo do ano. À mistura com o sintagma nominal, a Batalha de São Mamede e a regra de três.


Este livro é de leitura obrigatória. É literatura infantil, pois é, mas lá por isso não deixa de ser obrigatório. Aqueles miúdos são de levar uma pessoa às lágrimas, de riso, claro! A Catarina da Fonseca é filha da Alice Vieira e isso nota-se; é só um bocado mais cómica.

A não perder ainda, da mesma autora, A Herança e Adeus, Al Capone.